Os Espinhos São Apenas Sinalizadores das Marcas que Necessitamos Ter.Parem de vomitar suas desgraças,
Elas tem o gosto dos derrotados nas suas
tramas arquitetadas nas infelicidades sem fim...
Elas não têm fim.
...São as trapaças disfarçadas travestidas de sonhos que
sobrepostos aos que trazem as cicatrizes das lutas infinitas,
buscam impor pela inveja o assassínio das rosas sobre aqueles que não desistiram de seus sonhos ou ideais, e que, mesmo às duras batalhas ainda conseguem sobreviver nos outonos da existência.
Os perversos buscam as primaveras, para que, na beleza das flores que não puderam regar possam sentir os prazeres rápidos e transitórios das emoções de cada estação. Escondem-se também nos invernos, sublimando o frio que lhes é tão peculiar.
Mas saibam, colhemos, colhemos e colhemos depois que semeamos e regamos
com nossas lágrimas durante as caminhadas das nossas histórias que muitos não suportam ver.
Nosso gozo põe nos rostos os medos e as duras penas daqueles que desistiram de si mesmos. Por isso, o encantamento é o prenúncio da formação homicida.
Encantam-se com a beleza do outro, como as estrelas que os outros puderam ver em dias nublados, afinal, o ideal de amor consegue transpor as nuvens cinzas e caminha além da limitação de sorrisos mortos, de máscaras em forma de bondade, onde as palavras do discurso sereno apresentam o “aterrorizante” animal terreno em forma de gente.
Gente que mata, que mata para depois poder morrer nas suas acusações e revolver-se na auto-comiseração da própria perversidade sem comiseração.
Parem de vomitar suas desgraças,
Elas tem o gosto dos derrotados nas suas
tramas arquitetadas nas infelicidades sem fim.
...São as trapaças disfarçadas, travestidas de sonhos
que, sobrepostos aos que trazem as cicatrizes das lutas infinitas,
buscam, impor pela inveja o assassínio das rosas que não conseguiram colher.
O fim é o nada, pois apenas resta aos perversos o vazio do nada que empreendem, mas se esquecem que nos jardins dos que tem a existência por ideal, os espinhos são apenas sinalizadores das marcas que necessitamos ter; os outonos são o tempo que nos recolhemos à recomposição, e as primaveras, a contemplação das vitórias das lutas que nunca abandonamos.
biografia:
Marcus Antonio Brito de Fleury Junior. Psicólogo , escritor, pesquisador em saúde mental, professor.
ateliedeinteligencia@gmail.com