Maroel Bispo
Nationality: Brasil
Email: psimaroelbispo@gmail.com
Nationality: Brasil
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Maroel Bispo
Maroel da Silva Bispo tem 52 anos de idade, é poeta e escritor, nascido em Feira de Santana-BA. Gosta muito de ler e ama a Literatura em geral. Bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Nordeste; licenciado em Letras pela Faculdade de Tecnologia e Ciência e atualmente cursa Psicologia na Universidade Estadual de Feira de Santana-BA. É coautor do livro A cidade dos meus Sonhos. Obteve o 4º lugar no 1º Concurso Municipal de Poesias de Feira de Santana-BA. Foi selecionado para publicar seus textos poéticos em duas coletâneas, sendo uma organizada pela Prefeitura Municipal de Feira de Santana, em 2015 e outra pela Universidade Estadual de Feira de Santana, em 2016. Teve seus textos selecionados para diversas antologias pelo Brasil afora, como na Revista Litera Livre e Revista Conciliação. É o editor-chefe da Revista Literária Inversos – ISSN 2527-1857.
Amor taciturno
Habita em mim um tanto de amor,
Forte o bastante pra fazer as artérias gritarem.
E lentamente, ele permeia o corpo suado.
Amor que geme e insiste,
Que luta gloriosamente, escapando assim,
De um dia qualquer morrer.
Amor taciturno, que dorme calado,
Que pula e relê o poema na cama,
Feliz, por tê-la nos braços apenas te olhar.
Um homem que ama também chora
Um ser idílico, terno, de viés poético
Que busca o amor completo, estético
Que vive o tempo eterno, sem demora
Um amor fatal, real e onipresente
Um amor sem receios, também sem recesso
Que implode o meu ser, eu juro e confesso
Que incendeia a alma, um amor ignescente
Capturo e persigo esses versos de amor
Imortal sentimento e que subjuga a vida
Sem querer suportar uma tal despedida
Sorrateiro, disfarço a face da dor.
Comendo o pão de dores
Luas e sois passeiam tranquilamente,
No espaço sutil das janelas daquele homem.
Nascem ali marés vazantes de um mar bravio.
As vozes ecoam alto no mirante ao entardecer
E mutações constantes no íntimo dele se dão.
Carregado de luz e mistério, de força e paixão,
Percebeu desde cedo e comeu logo o pão de dores,
Ele olhou para o caos e gritou: Não! Não pode ser!
Ai meu Deus! Logo sussurrou todo trêmulo.
É assim o fim da existência, o limiar de um lamento.
Impressões mal vividas e imagens ressentidas,
No salão sombrio daquele fatídico tormento.
Da janela gradeada olha o mundo e não entende.
A desrazão o abraçou, furtando-lhe os sentidos.
Assim viu quão sedosa era a textura,
Do fatal e longo silêncio que ora reinava.
Silêncio que apenas ele ouvia.
Conversas anônimas de pessoas caladas.
Chorou demais, carente por um simples abraço,
Desejou muito por paz, e após um suspiro breve, morreu.