BRUMAS E CANTOS
Quando falo que morro de amor.
Vejo-te em mim e te pertenço
Que a chama interna, meu ardor
Envolve-te em brumas e incenso.
Quando falo que meu calor
É brasa ardente. É meu consenso
Que irracional, tão real, o sabor
De para ti não ter bom senso.
Ser em ti, querendo-te em mim
Nesta fusão em minhas entranhas
Não tem outra coisa, só o fim
De nos anular. Coisa estranha!
Docemente em brumas e cantos
Morrer com paixão, não com prantos.