Morra comigo amorMorra comigo amor
Ao menos esta noite tão fria e tão crua
Morra no meu beijo que não tem fundo
Que não tem mundo e quase finge não ter medo
Rouba meus últimos segundos de absurdo
Meu grito surdo, meu gosto suave, meus becos
Submundos de estrelas e constelações opacas
Difusas, confusas
Morra comigo, pelo menos agora, meu invisível amor
Não me deixe morrer sozinho nesta cama
Nem morra sozinho entre teus amigos
Morra com quem te ama
Que se não morrermos por conta
Alguém nos matará
O mundo é violência
Tenhamos ao menos a decência
De morrer de amor
CEIA:Dia sim
dia não
tem pedra
tem pão
na mesa
do meu
coração
...
Meu canto sai da terra
E alimenta o ar
Meu pranto no riso encerra
Meu sonho
no olhar espera
Meu corpo
no mundo dança
na dança cansa
Minha alma
a procurar
Fui sol, fui luar
Hoje sou vento
E tal o vento
Invisível e ligeiro
Hei de ficar
Até que Deus deseje
Que eu me torne meu Desejo
E a Ele retorne
Sem cessar
...
Não tinha nada no meu caminho
pedra a pedra
o fui construindo
Não entristeço
pelo calos
pude escolher
as arvores
os verdes
pássaros
Vou tranquilo
desfruto das sombras
são minhas
e são de todos
que quiserem vir
O descanso
contudo
é breve
Breves são meus dias
e o caminho precisa
seguir
Quando eu e ele
formos finalmente um
não teremos
[nenhum dos dois]
mais fim
Biografía:
KaibersPoeta, artista plástico,
licenciado em filosofia;
Mora em Cascavel, Paraná
kaiberss@gmail.com